O impacto da COVID-19 e como o satélite ajuda a oferecer um serviço essencial: conectividade

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Líderes da Viasat discutiram estes temas centrais durante o principal evento sobre satélites na América Latina

Muita coisa mudou desde que Mark Dankberg, o CEO da Viasat, participou da edição de 2019 do Congresso Latinoamericano de Satélites. Uma pandemia, novos hábitos de consumo, inovações tecnológicas para expandir a conectividade — e um cenário totalmente novo para a Viasat no Brasil.

De lá para cá, a empresa lançou seu serviço de internet residencial via satélite no Brasil e, hoje, já alcança mais de 90% da população. Assim, foi interessante olhar através dessas novas perspectivas e discutir os desafios e oportunidades de mercado durante a edição 2020 do evento líder sobre satélites na região.

Foto: Don Buchman, Evan Dixon e Bruno Henriques da Viasat falaram recentemente no Congresso de Satélites da América Latina.

Este ano, os representantes da Viasat foram Bruno Henriques, diretor comercial da Viasat Brasil, Evan Dixon, vice-presidente do segmento de internet residencial para as Américas, e Don Buchman, vice-presidente de mobilidade comercial. O evento virtual aconteceu entre 1º e 6 de outubro, com recorde de participantes internacionais.

Mais oportunidades no Brasil

Dixon participou do primeiro dia de evento para falar sobre oportunidades no mercado de satélites, que registrou uma demanda crescente durante a pandemia.

Olhando para a vertical de serviço residencial, Dixon é bastante otimista. Com sua experiência internacional, ele já havia demonstrado sua crença em que, nos próximos anos, o crescimento da Viasat se dará principalmente no exterior.

E, segundo afirmou durante o evento, o mercado brasileiro está crescendo em ritmo acelerado. Atualmente, o serviço de internet residencial da Viasat está disponível em 21 estados e no Distrito Federal. E a expansão completa para o restante do país é esperada para os próximos meses.

Além do cenário pós-pandemia, a Viasat também tem mais motivos para olhar para 2021. Dixon falou com entusiasmo sobre a constelação ViaSat-3. O trio de satélites de ultra-alta capacidade deve estar em operação em poucos anos, e o primeiro deles ajudará a ampliar a cobertura e a capacidade do serviço da Viasat nas Américas.

O “novo normal” das viagens aéreas

No dia 6 de outubro, foi a vez de Buchman participar do painel “Verticais: os desafios da digitalização da economia e o papel do satélite”. Em sua primeira participação em um evento para o mercado brasileiro, ele falou sobre conectividade no setor aéreo.

Novamente a pandemia foi o assunto principal. Mesmo reconhecendo os desafios que a COVID-19 trouxe para a aviação, Buchman afirmou que agora o mercado está em busca de oportunidades.

“É um mercado muito empolgante para nós, mesmo com a pandemia”, afirmou.

Buchman explicou que a conectividade a bordo tem sido extremamente importante para reduzir a exposição a riscos durante e depois do voo, e terá um papel chave a partir de agora.

Enquanto está a bordo, o passageiro pode realizar pagamento por aproximação ou usar apps de comunicação para evitar contato físico com a tripulação. Antes mesmo de pousar, ele também pode pesquisar sobre as normas de distanciamento social e outras regras sanitárias vigentes em seu local de destino.

Isso também pode alterar o modelo de negócios na aviação comercial: a tendência é oferecer wi-fi a bordo sem custo extra, como elemento de atração de futuros passageiros, no lugar do modelo de acesso pré-pago.

Nesse caso, o valor poderia estar embutido no valor da passagem ou ser subsidiado por outras formas de renda, como anúncios. A aposta é que a conectividade torne-se tão importante para a experiência dos passageiros quanto o serviço de bordo.

“No mundo pós-Covid, todos querem ficar conectados”, disse Buchman.

Os desafios para implementar um serviço essencial

Também no dia 6, Henriques participou de um painel que trazia a visão de líderes que atuam no setor. Ele destacou o investimento da Viasat para lançar o serviço de banda larga no Brasil.

Apesar dos desafios gerados pela pandemia e das peculiaridades técnicas de cada estado, hoje, o serviço já chega a 93% da população. E segue em expansão.

“Imagina habilitar uma rede inteira nacional de forma totalmente remota. Usamos de muita criatividade na forma de trabalhar e fizemos muitas contratações remotas”, afirmou Henriques. “O fato positivo é o acesso à internet ter sido declarado serviço essencial”.

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Alex Miller