LEO, MEO e GEO: como podemos explicar os diferentes tipos de órbita?

Cada satélite deve ser situado em um tipo de órbita específico, a depender do tamanho e de sua utilidade.

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Órbita é o movimento que um corpo celeste faz ao redor de outro corpo celeste pela influência de sua gravidade. A órbita terrestre é o movimento que os satélites, sejam eles naturais, ou artificiais, realizam em volta da Terra. No caso dos satélites artificiais existem quatro tipos de órbitas.

GEO, sigla para Geostationary Earth Orbit, é a órbita circular paralela à linha do equador. Nessa órbita, o satélite fica fixo em relação à Terra a uma altitude média de 36 mil km, com um período de revolução de 23h56m. Esses satélites tem um tempo de vida médio entre 15 a 20 anos.

LEO, Low Earth Orbit, é uma órbita em que os satélites se encontram a uma altitude entre 500 e 1.500 km da Terra, bem mais baixa que a órbita GEO, e com um período de revolução de 1h e meia a 2h. Os satélites LEO são não estacionários em relação à Terra e têm um tempo médio de vida de 7 a 10 anos.

MEO, Medium Earth Orbit, é a órbita que fica entre a GEO e a LEO. O satélite MEO fica a 10.400 km da Terra, tem o período de revolução de 6 horas e uma vida média entre 7 a 10 anos.

HEO, Highly Elliptical Orbit, é uma órbita elíptica inclinada onde o ponto mais próximo da Terra é a 1.000 km de altura e o mais distante, a 39.000 km, com um período de revolução de 12 horas.

A indústria de satélites começou a se desenhar no final dos anos 50, durante a Guerra Fria e em meio à corrida espacial, com uma acirrada disputa pela exploração do espaço entre norte-americanos e russos.

“Dominar” o espaço era algo fundamental, pois aquele que conquistasse essa nova fronteira garantiria o seu papel de superpotência global.

O primeiro grande marco da corrida espacial foi um feito soviético. No dia 4 de outubro de 1957 foi lançado o Sputnik 1, primeiro satélite artificial a girar na órbita da Terra.

Como reação a essa iniciativa soviética, o governo norte-americano decidiu que o país deveria trabalhar para se tornar uma potência espacial. Nessa época o mundo carecia de sistemas de comunicações intercontinentais. Só havia cabos submarinos e sistemas de rádio HF de baixíssima capacidade. O governo norte-americano identificou essa carência e uma provável demanda futura por telecomunicações intercontinentais via satélite.

A ideia, a partir daí, foi desenvolver e oferecer para o mundo, comunicação via satélite para telefonia e televisão. Inicialmente, algumas empresas de telecomunicações norte-americanas se dispuseram a desenvolver um projeto de satélites de comunicação de escala mundial que, além do potencial lucrativo, ainda impulsionaria a indústria espacial americana. Mas os demais países não concordaram com a proposta. Europa, Japão, entre outros, consideraram que as comunicações internacionais não deveriam ficar sob o controle de uma única nação.

E, desde o Sputnik, a indústria de satélites vem se transformando rapidamente com importantes avanços nos sistemas de lançamento, na formação de constelações de satélite em baixa órbita e nas inovações, como os satélites de pequeno porte.

Esses satélites pequenos são mais baratos, mais rápidos para serem produzidos e, por essas razões, vêm a complementar os serviços das redes GEO, MEO e LEO, onde o mercado vem cada vez mais demandando serviços de bandas elevadas, baixa latência e menor custo por bit, como IOT, M2M, e outras.. Ao contrário dos satélites maiores, que custam centenas de milhões para serem produzidos e levam anos para serem lançados, os satélites de pequeno porte, que pesam menos de 180 kg, com base em plataformas digitais flexíveis e modulares, podem ser construídos e lançados em poucos meses.

Outra novidade importante nesta indústria é a chegada dos satélites de comunicação HTS (High Throughput Satellite). Esses novos satélites têm até cem vezes mais capacidade de transmissão que os tradicionais Wide Beams (Feixes Regionais). Com esse avanço, a conectividade ficou mais barata e alcançou mais pessoas.

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