Crescimento da internet via satélite traz desafios para sustentabilidade e regulação

Viasat defende uma regulamentação mais estruturada que permita o crescimento do mercado sem comprometer sustentabilidade a longo prazo.

Space debris- space sustainability - satellites for good

A internet via satélite tem desempenhado um papel essencial no Brasil, conectando regiões remotas e oferecendo uma alternativa robusta para locais onde a infraestrutura terrestre não chega. Com aproximadamente 398 mil assinantes, de acordo com dados recentes da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), essa tecnologia possibilita inclusão digital em áreas historicamente desconectadas.

Mas o aumento da demanda também traz desafios importantes, especialmente em termos de regulação e sustentabilidade espacial.

O cenário da internet via satélite e o crescimento de satélites em órbita

Hoje, mais de 29 mil objetos orbitais são catalogados, incluindo cerca de 9 mil satélites ativos na órbita baixa (LEO), uma área onde muitos desses serviços operam devido à baixa latência.

Com o número crescente de satélites, incluindo os de órbitas média (MEO) e geoestacionária (GEO), o espaço próximo à Terra se torna cada vez mais limitado, aumentando o risco de colisões e de geração de detritos espaciais.

Esses detritos representam um perigo para operações em curso e podem inviabilizar o uso seguro do espaço caso não haja um controle rigoroso.

Sustentabilidade espacial: um compromisso necessário

O uso sustentável do espaço é um dos principais desafios atuais. A sustentabilidade espacial envolve a implementação de práticas e regulamentações que previnam a superlotação e o excesso de detritos.

Estima-se que, em 200 anos, a quantidade de lixo espacial possa se tornar um problema ambiental grave, limitando o acesso seguro ao espaço.

Para evitar que o espaço se torne inviável, é fundamental que os reguladores e os players do setor adotem diretrizes rigorosas para a operação e desativação de satélites.

Importância da regulação e do uso equitativo

A regulação não trata apenas da segurança, mas também de garantir que todos os países tenham acesso justo aos recursos orbitais e espectrais.

Empresas como a Viasat têm defendido uma regulamentação mais estruturada que permita o crescimento do mercado de internet via satélite sem comprometer a sustentabilidade a longo prazo.

Isso inclui políticas que promovam uma governança responsável e uma repartição equitativa dos recursos orbitais, visando um espaço seguro e acessível para as futuras gerações.

Papel da Viasat na sustentabilidade e governança espacial

Como líder no setor de internet via satélite, a Viasat está comprometida com a sustentabilidade do espaço. Recentemente, a empresa inaugurou um centro de excelência em sustentabilidade espacial em Londres, que tem como foco o desenvolvimento de inovações e políticas que assegurem o uso seguro do espaço.

Esse centro também trabalha em colaboração com reguladores e outras entidades para criar padrões e tecnologias que mitiguem os riscos associados à expansão de satélites em órbita.

O avanço da internet via satélite traz grandes benefícios, mas exige responsabilidade. Para a Viasat, o crescimento desse mercado precisa estar alinhado a práticas que preservem o espaço para as próximas gerações, garantindo que as tecnologias orbitais continuem beneficiando a sociedade de maneira equitativa e segura.

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